Veja as mentiras sobre o zika espalhadas na internet
Órgão de saúde diz que não há prova científica sobre informações citadas em mensagens
Boatos sobre o zika vírus, doença que está ligada ao aumento de casos de microcefalia no país, estão sendo espalhados por redes sociais e pelo aplicativo de celular WhatsApp. Por causa disso, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), vinculada ao Ministério da Saúde, divulgou uma nota esclarecendo que tais informações não tem nenhuma fundamentação científica.
Um vídeo que circula pelo WhatsApp mostra um homem, que está de bermuda e sem camisa, dizendo que é de Pernambuco, “tem contato na área da saúde” e que “pode provar com palavras” que o surto de microcefalia no Nordeste foi causado por vacinas contra a rubéola que estavam vencidas e foram aplicadas em gestantes.
“Isso é uma mentira deslavada de quem não tem o que fazer e fica inventando besteiras”, diz o infectologista Hélio Vasconcellos Lopes, professor da Faculdade de Medicina do ABC.
Um texto espalhado também pelo WhatsApp diz que o zika está afetando o sistema neurológico de idosos e de crianças com menos de sete anos. “Vai ser uma praga do Egito, porque ninguém pode evitar que as crianças sejam picadas”, diz o texto.
“Não existe nenhuma evidência científica que possa correlacionar o vírus zika com o comprometimento nervoso em crianças menores de 7 anos e em idosos”, disse o vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rodrigo Stabeli. “Nossa intenção foi desmentir esses boatos”, afirmou.
Segundo Cláudio Maierovitch, diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, pode ocorrer uma complicação neurológica em várias doenças causadas por vírus ou bactérias, mas não há uma preferência por faixa etária, e em geral esses sintomas são reversíveis.
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