Negócio da China
Jadson recebe oferta milionária de clube chinês e deve ser uma das baixas do Timão para o próximo ano
A China não perdoa. Um dos destaques do Corinthians na campanha do hexa, Jadson está muito perto de trocar o clube alvinegro pelo Tianjin Songjiang, time comandado por Vanderlei Luxemburgo, que disputa a segunda divisão chinesa e também já acertou a contratação de Luis Fabiano.
Segundo pessoas ligadas ao meia do Timão, a proposta da equipe oriental seduziu o camisa 10. Ele deve ganhar uma bolada de cerca de R$ 1,5 milhão por mês. Aos 32 anos, Jadson considera que esse pode ser o último grande contrato de sua carreira.
Vinculado ao Corinthians até agosto de 2016, o meia era uma das prioridades da diretoria, que começaria a tratar da renovação em janeiro. Caso a venda se concretize, o clube alvinegro vai ficar com 30% da transação. Os outros 70% dos direitos econômicos de Jadson estão divididos entre empresários e o próprio jogador.
Vale lembrar que, no começo do ano, o camisa 10 recusou uma proposta do Jiangsu Sainty, também da China. Na ocasião, uma conversa com Tite teria sido decisiva para que ele não aceitasse a oferta —menos generosa do que a atual.
Nesta semana, Roberto de Andrade, presidente do Timão, já havia demonstrado preocupação com o assédio do futebol chinês aos jogadores brasileiros. “Hoje, ganhamos um mercado emergente com dinheiro em abundância que é a China. E como é que segura? Tem coisa que conseguimos igualar, mas tem coisas fora do alcance de qualquer clube”, disse à rádio Globo.
Baixa
O futebol chinês já provocou a primeira baixa no Corinthians. Ontem, Bruno Mazziotti, coordenador da fisioterapia do Timão e um dos responsáveis pela recuperação de Renato Augusto, confirmou sua transferência ao Shandong Luneng, que será dirigido por Mano Menezes.
“Um ano passa rápido. Como diz um amigo meu, uma novela da Globo, duas novelas... A China vai ser um grande desafio, pela cultura, pelos hábitos. E lógico que a parte financeira também está completamente envolvida”, afirmou Mazziotti ao Agora.