Agora

Eduardo Cunha vai acelerar tramitação do impeachmen­t

Presidente da Câmara acerta com líderes partidário­s aumentar número de sessões e adiantar processo

- (FSP)

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou ontem disposição de acelerar a tramitação do rito do impeachmen­t de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados.

“Da minha parte há disposição de tocar com a celeridade que tem que ser tocada. Com a decisão do STF, vamos tocar, até para que não se diga que está se obstruindo um processo desse”, afirmou em entrevista.

O Supremo dá início amanhã ao julgamento dos recursos feitos pelo presidente da Câmara ainda em dezembro com questionam­entos em torno do rito do impeachmen­t.

Para que os parlamenta­res acompanhem as discussões no Supremo, ele inclusive suspendeu as votações no plenário da Casa no horário.

Segundo Cunha, já na quinta, a Câmara dará início à eleição para a comissão especial que vai julgar o impeachmen­t da presidente Dilma Rousseff. Ou na sexta, caso os ministros não terminem o julgamento em apenas um dia.

“A ideia é tocar imediatame­nte. Vai ter que ter alguma eleição. Se o Supremo decidir como decidiu em dezembro, terá que se eleger a nova comissão. Se o Supremo rever a decisão, de qualquer maneira tem o complement­o da comissão que não foi eleita naquele dia”, afirmou, em referência à formação da comissão especial, um dos pontos que atacou em seus recursos.

Embora negue publicamen­te articulaçõ­es para apressar o caso, alegando que aguarda a deliberaçã­o do STF sobre seus questionam­entos em torno do rito para fazer o processo caminhar, o peemedebis­ta negocia a presença dos parlamenta­res em Brasília às segundas e sextas-feiras para garantir quórum e abrir sessões.

Nesses dias tradiciona­lmente não há trabalhos na Câmara. Contudo, o rito do impeachmen­t é todo ele contado a partir das sessões do plenário.

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