Agora

Polícia prende 4 suspeitos de racismo na iinntteerr­nneett

Um outro integrante do bando que agia por meio de redes sociais e aplicativo­s já estava na cadeia

- (FSP)

Uma operação coordenada pela Polícia Civil do Rio em seis Estados prendeu, ontem, quatro homens apontados como responsáve­is por disseminar em redes sociais ofensas racistas contra a atriz Taís Araújo, em outubro de 2015. Um outro já está preso por pedofilia.

O mesmo grupo é suspeito de ataques contra a jornalista Maria Júlia Coutinho, da TV Globo, e as atrizes Sharon Menezes e Cris Vianna.

Segundo o delegado Alessandro Thiers, um grupo se formou na internet, com gente de diferentes pontos do país, para atacar pessoas de destaque na mídia.

A Justiça do Rio expediu mandados de prisão contra Pedro Vitor Figueira da Silva (SP), Tiago Zanfolim Santos Silva (BA), Francisco Pereira da Silva Junior (SC) e Gabriel Sampieri (PR).

Sampieri já estava preso desde dezembro de 2015, acusado de pedofilia.

Um quinto homem, William dos Santos Triste, foi preso em flagrante em Porto Alegre (RS). Segundo o delegado, enquanto cumpriam mandado de busca e apreensão em sua casa, policiais encontrara­m fotos de crianças, com idades entre um e cinco anos, praticando sexo com adultos.

“Esse grupo resolveu atacar essas pessoas famosas para tentar notoriedad­e. Por isso, faço questão de não dizer o nome que eles deram ao grupo. Não merecem essa publicidad­e. O que acontece é que a internet deixa rastro e por isso foi fácil identificá­los”, disse o delegado Thiers.

Segundo o policial, os quatro homens presos com mandado eram os administra­dores, organizand­o ações e ataques nas páginas das celebridad­es. A polícia afirma que havia uma seleção das vítimas, tipo as atrizes, de forma premeditad­a. O acesso ao grupo era restrito e quem não cumprisse as ordens após entrar sofria punições.

“As investigaç­ões não terminaram. Prendemos os administra­dores das páginas, mas não descarto que novas prisões possam ser feitas. São pessoas com uma afinidade de pensamento. Um pensamento tosco”, disse Thiers.

Eles responderã­o por organizaçã­o criminosa, racismo e pedofilia. A reportagem não teve acesso aos nomes de seus advogados. À polícia, eles disseram que só falarão na Justiça.

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Reprodução/TV Globo Carro da Polícia Civil que participou da operação que prendeu um homem no Estado de São Paulo
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Reprodução/TV Globo Equipament­os eletrônico­s que foram apreendido­s com suspeitos presos em operação policial ontem

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