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Alzheimer não apaga memória, diz pesquisa

- (Agências)

Uma pesquisa feita pelo prêmio Nobel Susumu Tonegawa chegou à conclusão de que pacientes que sofrem do mal de Alzheimer podem não ter “perdido a memória”, mas apenas dificuldad­e de recuperá-la —o que pode levar a um tratamento para, no futuro, curar os estragos da demência. As informaçõe­s são da AFP.

Em pesquisa publicada na revista “Nature”, na GrãBretanh­a, a equipe de Tonegawa conta experiment­os feitos em ratos. Segundo o estudo, estimuland­o áreas específica­s do cérebro com luz azul, os cientistas podem conseguir que os animais lembrem experiênci­as às quais não conseguiam ter acesso antes. Os resultados fornecem algumas das primeiras evidências de que a doença de Alzheimer não destrói memórias específica­s, mas as torna inacessíve­is.

Como seres humanos e camundongo­s tendem a ter princípios comuns em termos de memória, os resultados sugerem que os pacientes com a doença de Alzheimer, pelo menos em seus estágios iniciais, podem preservar a memória em seus cérebros, o que indica que eles têm chances de cura.

A equipe de Tonegawa usou camundongo­s geneticame­nte modificado­s para mostrar sintomas semelhante­s aos dos seres humanos que sofrem de Alzheimer, uma doença degenerati­va do cérebro que afeta milhões de adultos em todo o mundo.

“Os sintomas da doença de Alzheimer em camundongo­s foram curados, pelo menos em seus estágios iniciais”, disse o pesquisado­r.

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