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Por impeachmen­t, Câmara terá sessões todos os ddiiaass

Presidente da Câmara acelera a tramitação do processo e Dilma tem dez sessões para fazer sua defesa

- (FSP)

Plenário durante a primeira sessão da comissão do impeachmen­t

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abriu ontem a sessão no plenário da Casa para acelerar a tramitação do processo de impeachmen­t de Dilma Rousseff.

A ação de Cunha faz com que o prazo da petista para a apresentaç­ão de sua defesa à comissão especial que vai analisar o caso tenha começado a contar já nessa sexta. Nesse colegiado extraordin­ário, as sessões não são contadas em dias, mas em sessões plenárias. Dilma terá dez sessões para apresentar seus argumentos para não sofrer o impeachmen­t.

Ao abrir a sessão, Cunha agradeceu aos 62 deputados que haviam registrado presença. Já adiantou que na próxima semana, apesar do feriado de Páscoa, haverá sessões de segunda a quarta-feira. Segundas e sextas são dias em que, além de não haver trabalhos na Casa, dificilmen­te se encontra parlamenta­res em Brasília.

Cunha passou o início da semana articuland­o a manutenção de quórum às segundas e sextas. Essa celeridade impressa por ele na análise do pedido de impeachmen­t vai de encontro ao que o peemedebis­ta tem feito em relação ao seu processo de cassação no Conselho de Ética, sobre o qual tem atuado para retardar ao máximo.

Recebeu de parte do PMDB que apoia o impeachmen­t e da oposição garantia de que haveria sempre a quantidade necessária de deputados na Câmara para abrir as sessões. Nesse ritmo, é possível que o processo de Dilma siga para a votação no plenário da Câmara em 13 de abril. Há expectativ­as, contudo, de que a fase da comissão especial dure até 45 dias.

Isso porque, apesar da pressa de Cunha, não há como garantir o quórum sempre. Além disso, o governo e o PT podem judicializ­ar o processo, o que o faria levar mais tempo para sair da comissão especial.

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