Agora

Governo pode pagar seguro em 7

Está em estudo um pacote para estimular a criação de vagas e a economia no país no período da crise

- (Vanessa Sarzedas)

Diante das crescentes taxas de desemprego, o governo federal busca alternativ­as para estimular o mercado de trabalho e, consequent­emente, evitar uma piora na economia do país.

Entre elas está o pagamento de até sete parcelas do seguro-desemprego e a liberação do saldo do FGTS (Fundo de Garantia) para pequenos saques.

Essas medidas fazem parte de um pacote que está sendo avaliado pelo ministro do Trabalho e Previdênci­a, Miguel Rossetto. As alternativ­as foram discutidas com o Dieese (Departamen­to Intersindi­cal de Estatístic­a e Estudos Socioeconô­micos), as centrais sindicais e as empresas.

Segundo Clemente Ganz Lúcio, economista do Dieese, o objetivo do governo é adotá-las o mais rápido possível. Mas antes é preciso avaliar se elas são viáveis. “Essas medidas vão permitir preservar ao máximo a renda dos trabalhado­res enquanto a atividade econômica do país não se recupera”, afirma.

Em 2009, durante a crise internacio­nal, o governo liberou aos trabalhado­res de setores que mais fecharam postos mais duas parcelas do seguro-desemprego. Com a medida, o valor total pago seria maior.

No caso do FGTS, uma das propostas é que os trabalhado­res, mesmo que não tenham sido demitidos ou es- tejam para se aposentar, saquem uma parcela do fundo. “O dinheiro pode ser usado para pagar dívidas ou fazer pequenas reformas, o que vai injetar dinheiro na economia”, diz Lúcio. As condi- ções estão sendo avaliadas.

Para estimular o emprego, a ideia é contratar jovens para trabalhos temporário­s em campanhas e serviços de manutenção nas prefeitura­s.

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