Governo pode pagar seguro em 7
Está em estudo um pacote para estimular a criação de vagas e a economia no país no período da crise
Diante das crescentes taxas de desemprego, o governo federal busca alternativas para estimular o mercado de trabalho e, consequentemente, evitar uma piora na economia do país.
Entre elas está o pagamento de até sete parcelas do seguro-desemprego e a liberação do saldo do FGTS (Fundo de Garantia) para pequenos saques.
Essas medidas fazem parte de um pacote que está sendo avaliado pelo ministro do Trabalho e Previdência, Miguel Rossetto. As alternativas foram discutidas com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), as centrais sindicais e as empresas.
Segundo Clemente Ganz Lúcio, economista do Dieese, o objetivo do governo é adotá-las o mais rápido possível. Mas antes é preciso avaliar se elas são viáveis. “Essas medidas vão permitir preservar ao máximo a renda dos trabalhadores enquanto a atividade econômica do país não se recupera”, afirma.
Em 2009, durante a crise internacional, o governo liberou aos trabalhadores de setores que mais fecharam postos mais duas parcelas do seguro-desemprego. Com a medida, o valor total pago seria maior.
No caso do FGTS, uma das propostas é que os trabalhadores, mesmo que não tenham sido demitidos ou es- tejam para se aposentar, saquem uma parcela do fundo. “O dinheiro pode ser usado para pagar dívidas ou fazer pequenas reformas, o que vai injetar dinheiro na economia”, diz Lúcio. As condi- ções estão sendo avaliadas.
Para estimular o emprego, a ideia é contratar jovens para trabalhos temporários em campanhas e serviços de manutenção nas prefeituras.