Crise provoca queda de Ataíde
Crise política, troca de cargos e manifestações de revolta popular. Poderia ser o relato da atual situação do Brasil, mas é a realidade do São Paulo. Ontem o clube afastou o vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, em decisão anunciada pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.
O cargo ficará vago, e Ataíde vai assumir a diretoria de relações institucionais do clube. O diretor de futebol Rubens Moreno também deixa a função, que será assumida por Luiz Cunha, diretor de futebol de base.
A decisão de trocar a diretoria acontece por decisão estratégica de Leco a partir da análise de que há problemas no futebol. O São Paulo tropeçou na última quartafeira ao empatar com o Trujillanos, na Venezuela, e ficou distante da classificação às oitavas de final da Copa Libertadores —a pior campanha do São Paulo na história do torneio, em 18 edições. Além disso, há o entendimento de que a reformulação do elenco, após o fim de 2015, não foi tão grande quanto se esperava.
O diretor executivo de futebol, Gustavo Vieira de Oliveira, permanece no cargo e agora dividirá a condução do departamento com Luiz Cunha, que começa a trabalhar hoje e cuidará temporariamente do profissional e da base. Rubens Moreno, apesar de deixar o futebol, terá funções administrativas.
Ataíde já havia sido pressionado dentro do Conselho Deliberativo do clube para deixar o cargo no fim do ano passado, após a renúncia de Carlos Miguel Aidar.