Estado contabiliza 23 mortos por gripe H1N1

Em menos de uma semana o número de mortos pelo vírus da gripe A (H1N1) subiu 64,3% em São Paulo, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, da gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB). No balanço divulgado no dia 8 de março, o Estado contabilizava 14 vítimas fatais. Já no último levantamento, de 15 março, o número saltou para 23.

As mortes foram registradas em cidades do interior paulista. Dez casos são da região de São José do Rio Preto (438 km de SP), segundo a pasta. Até 14 de março, 157 pessoas no Estado tiveram a chamada gripe suína, um aumento de 50% em relação ao balanço anterior. De acordo com a secretaria, 82 desses casos também foram registrados na região de São José do Rio Preto.

Na capital, até o dia 15 de março, já existem 35 confirmações de pessoas infectadas pela gripe A (H1N1), segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde, subordinada ao prefeito Fernando Haddad (PT).

Especialistas dizem que a gripe chegou mais cedo em 2016. De acordo com eles, os casos da doença deveriam começar a crescer nos meses de inverno, que este ano começa no dia 20 de junho.

Não há consenso nos motivos da gripe precoce, mas o professor de infectologia da UFABC (Universidade Federal do ABC) Munir Akar Ayub acredita que este ano houve uma que da nos anticorpos (células de defesa do organismo) da população. “Isso acontece porque em 2015 tivemos menos casos de gripe A (H1N1)”, explica ele.

A transmissão da gripe A (H1N1) ocorre pelas secreções das vias respiratórias do doente ao falar, espirrar ou tossir, e pelas mãos, igual à gripe comum. Além da vacina da gripe, recomenda-se cuidados especiais à higiene.

Lavar as mãos várias vezes ao dia, deixar os ambientes abertos e ventilados e cobrir o rosto quando for tossir são formas de evitar ser infectado pelo vírus.

Os sintomas da gripe suí- nas são os mesmos do tipo comum, porém, mais fortes: febre alta (geralmente, acima de 38,5 ˚C), tosse, dor muscular, dor de cabeça, dor de garganta, coriza, irritação nos olhos e ouvidos. A principal diferença é que a gripe A (H1N1) pode causar falta de ar e dor no tórax.