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Rejeição a Lula vai a 57% e alcança patamar recorde

Para a maioria, Lula só aceitou assumir ministério para obter foro privilegia­do e escapar de processo

- (FSP)

O juiz Sergio Moro agiu bem ou mal ao obrigar o ex-presidente Lula a depor na Polícia Federal no dia 4 de março? (em %)

A taxa de rejeição do expresiden­te Luiz Inácio Lula da Silva atingiu 57% e estabelece­u um recorde entre candidatos à Presidênci­a, de acordo com o Datafolha.

Indicado ministro da Casa Civil do governo Dilma Rousseff, Lula vê seu atual índice de rejeição superar o registrado pelo peemedebis­ta Ulysses Guimarães na campanha eleitoral de 1989, de 52%, que até então era o mais alto da história.

Antes desse levantamen­to, a pior taxa de rejeição do petista, de 47%, tinha sido em novembro de 2015. A maior rejeição em anos eleitorais, de 40%, foi em 1994, quando ele perdeu para Fernando Henrique Cardoso.

Mesmo entre os mais pobres, Lula já é rejeitado por metade (49%) da população. O índice cresce conforme o avanço da renda familiar e chega a 74% entre aqueles que ganham dez ou mais salários mínimos por mês.

Foro privilegia­do

A pesquisa mostra que para a grande maioria dos eleitores, Lula só aceitou o cargo de ministro no governo Dilma para obter foro privilegia­do no Supremo Tribunal Federal e, assim, escapar das ações do juiz Sergio Moro na Operação Lava Jato.

São 68% os que veem esta motivação, ante apenas 19% que acreditam que Lula tenha aceitado o cargo para ajudar o governo Dilma.

Na mesma linha, 73% dos entrevista­dos acham que a presidente agiu mal ao convidar Lula para assumir uma pasta em seu ministério; só 22% aprovaram a iniciativa.

“A grande maioria da população interpreta o convite a Lula como uma tentativa de livrá-lo das investigaç­ões da Lava Jato e da Justiça, e não como algo que pudesse ter alguma ajuda para o governo de fato”, afirma o diretor de Pesquisas do Datafolha, Alessandro Janoni.

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