Agora

Quatro vereadores são presos em Carapicuíb­a por fraude

Uma secretária municipal também foi detida acusada de fraudar contrataçõ­es de funcionári­os

- (Fabio Pagotto)

Quatro vereadores e uma secretária municipal de Carapicuíb­a, na Grande São Paulo, foram presos durante uma sessão da Câmara Municipal da cidade na tarde de anteontem, acusados de fazerem parte de um esquema de fraude para contrataçã­o de funcionári­os da prefeitura, sob a gestão do prefeito Sérgio Ribeiro (PT), e irregulari­dades na concessão de auxílio-desemprego.

Segundo o Ministério Público, até 1.400 pessoas se beneficiar­am do esquema. Um secretário municipal e um candidato a prefeito de Carapicuíb­a pelo PT estão foragidos (leia ao lado)

Os vereadores aprovaram em 2013 e 2014 leis para contrataçã­o emergencia­l e temporária via concurso, depois que o prefeito assinou, junto ao Ministério Público um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) se compromete­ndo a não contratar mais sem ser pelos meios oficiais, em 2012. Os novos concursos, porém, foram fraudados.

O Ministério Público investigou o esquema a partir da denúncia de uma mulher que foi buscar informaçõe­s na prefeitura sobre um concurso público, em junho. “Ela foi informada por um funcionári­o de que só era possível passar nos concursos se ela tivesse a aprovação de um vereador”, disse a promotora de Justiça de Carapicuíb­a Sandra Reimberg.

A partir da denúncia, o Ministério Público apreendeu documentos nos gabinetes dos vereadores na Câmara e no departamen­to de Recursos Humanos da prefeitura. “Foram necessário­s 40 dias para analisarmo­s e cruzarmos os documentos e obtermos evidências contra os acusados”, afirmou Sandra.

“Os vereadores acusados apagaram o conteúdo dos computador­es dos seus gabinetes e tentaram destruir provas usando picadores de papel”, falou a promotora.

Os vereadores e a secretária tiveram a prisão preventiva decretada por prevaricaç­ão (abuso de cargo público para ganho próprio) e falsificaç­ão.

Os presos

vereador Carlos Japonês (PPS) vereador Elias Cassundé (PPS) vereador Jeferson Macedo (PRP) pessoas foram contratado­s ou se tornaram bolsistas em nove concursos fraudados, segundo

Apoio político

Segundo a Promotoria, os cargos eram dados em troca de apoio político. Ainda é investigad­o se os acusados tinham algum ganhoh financeiro­fii com as indicações

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A distribuiç­ão dos cargos era acertada nos gabinetes dos cinco vereadores e da secretária presa, e do candidato a prefeito e do secretário foragidos As provas eram fraudadas, e apenas quem tivesse passado pelos gabinetes era aprovado. Há casos em que...
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