Grávida é morta após grupo cortar barriga e levar bebê
Mulher que fingiu estar grávida para manter namorado é apontada como a mandante do crime
Uberlândia (MG) Uma grávida de 19 anos foi morta depois de ter a barriga aberta e o bebê retirado, em Ituiutaba, cidade vizinha de Uberlândia (MG). Quatro pessoas estão presas, entre elas uma mulher apontada como mandante. Segundo a polícia, ela queria a criança para fingir ao namorado e à família que havia dado à luz.
A polícia diz que a jovem, Greiciara Belo Vieira, grávida de nove meses, estava viva quando a barrida foi aberta. Ela morreu enforcada. Duas pessoas estão foragidas.
De acordo com a polícia, Shirley de Oliveira Benfica, 39 anos, acusada de ser a mandante, planejou o crime após ter inventado para a família e o namorado uma falsa gravidez, com a intenção de manter seu relacionamento. Há oito meses, o namorado, proprietário de uma agência de veículos, queria a separação. Diante disso, ela disse estar grávida. “Ela sustentou essa história até agora”, disse o delegado Carlos Antônio Fernandes, de Ituitaba.
Shirley pediu à técnica de enfermagem Jacira Santos de Oliveira, 48 anos, sua amiga, que conseguisse uma criança para adoção. Sem sucesso, elas procuraram Lucas Mateus da Silva, 22 anos, que conhecia Greiciara.
Na quinta-feira passada, Silva se encontrou com a garota com o pretexto de entregar um presente para o bebê, e a levou para uma festa. Ainda segundo o delegado, após fumar maconha, a garota tomou um refrigerante no qual havia um medicamento, se sentiu mal e entrou em um veículo, por sugestão de Shirley, que se ofereceu para levá-la para casa.
Assim, a vítima foi levada no carro por ela, pela técnica de enfermagem, por Silva e por mais três pessoas até uma represa em Ituitaba.
Incisão
A polícia afirma ainda que, como o éter usado para fazer Greiciara desmaiar não surtiu efeito, técnica em enfermagem cortou a barriga da garota com ela ainda viva. A criança foi retirada com ela acordada. Depois, a jovem foi enforcada até a morte. O corpo foi encontrado no domingo, em um matagal na represa. O bebê foi encontrado e está bem (leia ao lado).
A defesa dos acusados não foi localizada. Se condenados, os suspeitos podem pegar até 40 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, sequestro, ocultação de cadáver e subtração de incapaz.