Mortes em atropelamentos crescem nas ruas da capital
Segundo o Infosiga, 53 pessoas morreram atropeladas no mês passado, número maior que a média
Os atropelamentos foram os responsáveis pelo aumento do número de mortes no trânsito da capital em agosto deste ano. Segundo dados do sistema Infosiga, divulgados pelo Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, das 103 mortes registradas no mês passado, 53 foram atropelamentos.
O número é maior do que a média registrada nos sete primeiros meses do ano. De janeiro a julho, foram 30 mortes por atropelamentos por mês, em média. Já no ano passado, foram 39 mortes por atropelamentos por mês, em média.
Os dados do Infosiga também mostram aumento no número de mortes por choque (batida em algo parado). Foram 19 registradas em agosto, enquanto que a média de janeiro a julho foi de 12,85 por mês. Já em 2015, a média, por mês, era de 11,66 mortes por choque.
Além dos pedestres, os dados também mostram que os motociclistas são as princi- pais vítimas do trânsito da capital. Foram 31 mortes de motociclistas em agosto passado. O número é maior do que a média mensal de 24,57 mortes de motociclistas registradas de janeiro a julho. Já em 2015, foram 29,58 mortes de motociclistas, em média, por mês.
Não é possível fazer comparação com o número de mortes em agosto de 2015 porque o relatório anual do Infosiga, por perfil das vítimas, não está disponível por mês, apenas o total do ano. Os dados são baseados em boletins de ocorrência.
Os dados se opõem ao discurso do prefeito Fernando Haddad (PT), candidato à reeleição, de que a redução de velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros e em outros pontos da cidade reduziu as mortes no trânsito.
A redução de velocidade nas marginais, colocada em prática em julho do ano passado pela gestão Haddad, tem sido um dos principais temas da campanha.
Os candidatos a prefeito João Doria (PSDB), Marta Suplicy (PMDB) e Celso Russomanno (PRB) já se comprometeram em aumentar a velocidade aos limites anteriores à redução.