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Elize se ao confirmar traição, diz detetive em júri

Contratado pela ré disse que ela queria confirmar que era traída pelo marido, Marcos Matsunaga

- (William Cardoso)

O primeiro dia de julgamento de Elize Araújo Kitano Matsunaga, 34 anos, que confessou ter matado e esquarteja­do o marido, o executivo Marcos Kitano Matsunaga, em maio de 2012, contou com o depoimento de três testemunha­s. No mais importante deles, o detetive Willian Coelho de Oliveira contou que Elize ficou abalada quando teve a confirmaçã­o de que o marido a traía.

“Ela ficou chorando, muito abalada. Foi a reação normal de toda pessoa quando sabe que foi traída”, disse. “Ela queria ver o rosto da moça e pegamos para confirmar.”

A traição foi confirmada em três dias de serviço. Matsunaga, herdeiro do grupo Yoki, foi com a amante, uma garota de programa, a um restaurant­e japonês, a um bar e também ao hotel onde ela vivia. “Ele tinha um comportame­nto carinhoso com ela, como se fossem namorados e se conhecesse­m havia bastante tempo”, disse.

Oliveira disse que, em conversa por telefone, deu a notícia a Elize. Ela havia viajado para o Paraná, onde vive a família dela, para que Matsunaga ficasse sozinho, faci- litando o flagrante da traição. Segundo o detetive, Elize ficou chocada quando soube que o marido levou a amante no restaurant­e japonês que o casal frequentav­a. “Ela conhecia o sushiman.”

Oliveira foi contratado para confirmar a traição da qual ela suspeitava. Ela entregou três nomes para o detetive, mas não era nenhuma das mulheres que pensava. Oliveira trabalhou três dias e recebeu cerca de R$ 10 mil.

Ainda segundo o detetive, Elize viu o vídeo com a traição dias após o crime, quando o executivo era considerad­o desapareci­do. Oliveira disse que Elize ficou muito triste ao ver as imagens. Ele ficou intrigado com uma reação de Elize, quando ela contou que o executivo estava desapareci­do. “Causou estranheza o fato de ela não querer que eu localizass­e o marido. Disse que a família já estava cuidando disso.”

Bate-boca

O dia foi marcado por muito bate-boca entre defesa e acusação, chegando a ser interrompi­do pelo juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara. As testemunha­s começaram a depor às 12h30 e o juiz encerrou os trabalhos às 19h15. O júri prossegue hoje com os depoimento­s do delegado Mauro Dias, responsáve­l pelo caso, e do irmão da vítima.

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Paulo Lopes/Futura Press/Folhapress Elize Matsunaga (à esq.), 34 anos, no primeiro dia de julgamento, no Fórum da Barra Funda (zona oeste); detetive contou em audiência que demorou apenas três dias para confirmar traição de Marcos Matsunaga
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Divulgação/SSP

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