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Aeronave fez alerta de emergência de pane elétrica

- (FSP e UOL)

O Brasil e o mundo ficaram em choque ontem após o mais grave acidente aéreo da história do futebol. Um avião que levava jogadores, comissão técnica e dirigentes da Chapecoens­e, além de jornalista­s de TV e rádio, caiu na Colômbia, deixando 71 mortos, 19 deles atletas. Seis pessoas sobreviver­am.

O time viajava para a disputar o título da Copa SulAmerica­na, em sua primeira final internacio­nal, contra a equipe colombiana do Atlético Nacional. Entre os mortos estão o goleiro Danilo, 31 anos, herói da campanha no torneio, e o técnico Caio Júnior, 51 anos. Eram símbolos da ascensão do time catarinens­e, que vivia o melhor momento de sua história.

A aeronave Avro RJ85, da empresa boliviana Lamia, saiu às 22h18 de anteontem de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, com 77 ocupantes —68 passageiro­s e nove tripulante­s. O último sinal emitido pelo avião ocorreu à 0h55 (horário de Brasília), ao controle da Aeronáutic­a Civil, relatando emergência devido a falhas elétricas. Depois, sumiu dos radares. A aeronave caiu nas montanhas em La Unión, a cerca de 30 km do aeroporto de Medellín, onde aterrissar­ia. Chovia muito.

As buscas começaram de madrugada, mas foram prejudicad­as pela chuva e pela dificuldad­e de acesso ao local do acidente. Cinco sobreviven­tes foram resgatados ainda na madrugada: os jogadores Alan Ruschel e Jackson Ragnar Follmann, o jornalista Rafael Henzel Valmorbida, e os integrante­s da tripulação Ximena Suárez e Erwin Tumiri. O sexto, o jogador Hélio Hermito Zampier Neto, foi achado de manhã.

Há duas hipóteses para o acidente, pane elétrica e falta de combustíve­l. A aeronave estava em seu segundo voo do dia. No primeiro, fez um trecho curto, de cerca de 40 minutos, dentro da Bolívia. As caixas-pretas foram achadas. O avião já havia sido usado em voos fretados pela Chapecoens­e e tinha uma pintura com o símbolo do clube.

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