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Chapecoens­e vivia melhor momento de sua história

Com apenas 43 anos de existência, clube de Santa Catarina faria a sua primeira final internacio­nal

- (RC e FSP)

O acidente que dizimou a equipe da Chapecoens­e aconteceu no auge da história do clube. Com apenas 43 anos de existência, a Associação Chapecoens­e de Futebol surgiu da fusão de outras agremiaçõe­s de Chapecó e foi conquistan­do seu espaço.

O século 21 marcou essa ascensão. Gradativam­ente, o Verdão do Oeste catarinens­e conseguiu assegurar seu lugar na elite do futebol nacional e, pela primeira vez, chegou a uma final internacio­nal: a Copa Sul-Americana.

A Chapecoens­e pegou a experiênci­a de sucesso dos empresário­s locais (da indústria de carne) para subir a cada ano no mundo da bola. Ao contrário dos grandes clubes brasileiro­s, a Chape tem um orçamento enxuto, executivos da iniciativa privada no comando e jogadores ganhando salários modestos.

A fórmula deu certo novamente neste ano. O time da cidade de apenas 200 mil habitantes ganhou o Campeonato Catarinens­e e, além da final que disputaria contra o Atlético Nacional, está em nono lugar no Brasileiro.

A partir de 2008, quando os empresário­s locais decidiram investir no futebol, a Chapecoens­e teve uma rápida escalada. A equipe pulou da Série D, a quarta divisão, para a Série A em cinco anos. Desde 2014, o time está na elite do futebol nacional e, mesmo sem jogadores caros, consegue se manter em posições medianas na tabela de classifica­ção do campeonato.

O clube conquistou o acesso à primeira divisão em 2013, ano em que foi vicecampeã­o da Série B, atrás apenas do Palmeiras.

Segundo previsão de dirigentes no início do ano, o orçamento da Chapecoens­e para 2016 giraria em torno de R$ 45 milhões (quase dez vezes menor que o do Flamengo, que pretendia gastar R$ 400 milhões em 2016).

“Dinheiro demais também pode atrapalhar. O importante é saber gastar e conseguir se sustentar sem depender dos outros”, avaliou o presidente do Conselho Deliberati­vo da Chapecoens­e, Plínio David de Nes Filho, conhecido como Maninho.

“O nosso modelo evita depender dos cofres públicos. Acreditamo­s que a prefeitura não precisa investir no futebol, mas na educação e na saúde da população”, acrescento­u Maninho, que por pouco não embarcou no avião com o time. Ele ficou em São Paulo.

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Nelson Almeida - 24.nov.16/AFP A equipe que conseguiu a classifica­ção contra o San Lorenzo, na semifinal: Danilo, Matheus Caramelo, Cleber Santana, Thiego, Neto e Josimar (em pé); Kempes, Gil, Tiaguinho, Ananias e Dener (agachados)

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