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Em gravação, piloto relata ffalltta dee cccombusst­ttííívelll em voo

Os indícios de Piloto do avião da Chapecoens­e também afirmou à torre de controle que avião tinha pane elétrica

- Medellín (William Correia e FSP)

COLÔMBIA BRASIL

No dia seguinte à queda do avião com a delegação da Chapecoens­e na Colômbia, que deixou 71 mortos, aumentaram os indícios de que o motivo do acidente foi pane seca, termo usado quando falta combustíve­l. O mais forte deles é uma gravação da conversa do piloto da aeronave, Miguel Quiroga, com a torre de controle do aeroporto de Medellín, na Colômbia, pouco antes da queda.

A gravação foi divulgada pela rádio colombiana Blu Radio. Nela, o piloto, que é também um dos sócios da Lamia, empresa boliviana que detinha o avião, informa à controlado­ra: “Falha elétrica, falha elétrica total e sem combustíve­l”.

A resposta que vem do controle de tráfego aéreo é imediata: “Pista livre, esperando chuva sobre a superfície Lamia 933, bombeiros alertados”. Logo depois disso, o piloto pede ajuda para orientar-se, mas, quando a torre pergunta sua posição, não existe mais resposta.

A imprensa colombiana ainda noticiou que Juan Sebastián Upegui, um copiloto da empresa Avianca, que estava em uma rota próxima à do avião da Chapecoens­e, escutou uma conversa entre Quiroga e a torre de controle na qual ele pedia prioridade para aterrissar por “problemas de combustíve­l”, mas sem se declarar em emergência. A controlado­ra, então, alertou que um Airbus da Viva Colômbia tinha solicitado pouso de emergência e, por isso, teve prioridade.

Segundo Upegui, logo depois a aeronave da Lamia se declarou em emergência —antes de cair, o avião ainda deu duas voltas. O avião tem autonomia para viajar 2.965 km, e a rota de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, onde o time embarcou, até Medellín é de 2.985 km.

Para Fernando Catalano, professor de Engenharia Aeronáutic­a da USP, de São Carlos, o aeroporto seguiu as normas ao dar prioridade a quem indicou emergência. “Por normas internacio­nais, todo avião deve ter combustíve­l extra para uma hora a mais no ar, para esperar au- torização de aterrissag­em ou ser encaminhad­o a um aeroporto mais próximo. Se o piloto relatasse pane seca, teria prioridade. Mas, nesse caso, não tem cobertura do seguro.”

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