Zagueiro Neto e jornalista deixam médicos otimistas
Sobreviventes seguem com quadro crítico, mas a melhora nas primeiras 24 horas é um fator positivo
Chapecó Os seis sobreviventes da queda do avião que levava a equipe catarinense a Medellín, na Colômbia, encontram-se em condições estáveis, informaram ontem os porta-vozes dos diferentes hospitais e clínicas em que as vítimas estão internadas.
O zagueiro Neto e o jornalista Rafael Henzel Valmorbida estão sedados e entubados desde que chegaram ao hospital, segundo o diretor médico da instituição.
Ambos estão na UTI da Clínica San Juan de Dios, na cidade de La Ceja, a cerca de 30 km do local do acidente.
O diretor médico do hospital, Luiz Fernando Rodríguez, afirmou em entrevista que o caso do defensor é mais delicado que o de Rafael.
“Continuam em estado crítico, mas estão estáveis do ponto de vista neurológico e hemodinâmico. Estão sedados, com suporte ventilatório mecânico e continuam à espera de melhora”, disse.
Os pacientes, ainda segundo o diretor médico, não têm problemas neurológicos graves, e só estão sedados para que sejam mantidos “numa condição de tranquilidade” necessária à recuperação.
Questionado se Neto corre risco de morrer, o médico preferiu não se alongar.
“Os especialistas são otimistas quanto à recuperação que possa ter, porque seu estado neurológico é bom, falta que melhore a parte respiratória, porque nesse tipo de impacto se lesionam muitos órgãos, então depende também da evolução clínica”.
Segundo nota divulgada pela Chape, o lateral Alan Ruschel “foi submetido a uma cirurgia da coluna vertebral, mas está com movimentos normais em membros superiores e inferiores”.
O caso mais grave é o do goleiro Jackson Follman, que teve a perna direita amputada e corre o risco de perder o pé esquerdo.
De acordo com Luiz Antonio Palaoro, vice-presidente jurídico da Chapecoense, os brasileiros devem ficar ao menos dez dias internados.
Os tripulantes bolivianos Ximena Suárez e Erwin Tumiri seguem internados, mas não correm risco de morte.
Identificação
Até o início da noite de ontem, cerca de 40 corpos haviam sido identificados. Segundo o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, que está em Medellín, todos os 71 mortos no acidente, serão levados para Chapecó e, depois, as famílias decidirão onde serão sepultados. Ele disse acreditar que o primeiro avião chegará amanhã à cidade.