Agora

Em luto, moradores se vestem de preto e com as cores da Chapecoens­e

- (FSP)

Chapecó A pacata cidade foi tomada por uma onda verde, mas com o verde veio o preto, de luto. O simples “oi, tudo bem?” perdeu sua função: não, não está tudo bem, dizem os moradores.

Um dia após a tragédia que matou quase o time inteiro da Chapecoens­e e jornalista­s locais, deixando 71 mortos após a queda de um avião na Colômbia, habitantes de Chapecó se vestiram com a camisa do time e penduraram símbolos de luto em suas casas e comércios.

“Meu filho de quatro anos me perguntou: ‘mãe, a Chape morreu?’. Eu não falei nada para ele, mas ele está vendo tudo que está acontecend­o”, lamenta a professora Cristiane Moreira, 37, com a camisa do time, carregando Leonardo, também usando a sua.

Cristiane e o filho aguardavam a chegada de parentes no aeroporto ontem. Ao falar sobre a tragédia, ela começou a chorar, cobrindo os olhos com óculos escuros.

Se parte da cidade está silenciosa, a região no entorno da Arena Condá é só ruído. Sob forte sol, um trânsito atípico surge ali, onde torcedores se reúnem, sem saber o que fazer. Penduram homenagens nas grades, passam horas apenas observando o gramado e choram.

Profission­ais da imprensa do mundo inteiro também lotam o local. No vestiário, familiares dos mortos no acidente recebem atenção de médicos e psicólogos.

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Avener Prado/Folhapress Torcedoras da Chapecoens­e choram ao prestarem homenagem aos ídolos mortos na Arena Condá; moradores juntaram a cor preta ao verde e branco

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