IIdossoss que ttrraballham não terão direito a passe livre
Decisão de Doria para ônibus municipais atinge pessoas entre 60 e 64 anos e que possuem renda
Os idosos entre 60 e 64 anos que trabalharem com carteira assinada ou emitirem algum comprovante de renda de trabalho ativo vão ter que pagar para andar de ônibus na capital. Essa é a proposta que o prefeito eleito João Doria (PSDB) anunciou anteontem, em Campinas (99 km de SP), durante reunião geral de prefeitos.
“Não faz sentido nem justiça dar gratuidade para quem tem renda. Gratuidade deve ser oferecida na circunstância já existente para aqueles que mais precisam e não aos que não precisam”, afirmou ele durante evento.
Segundo o tucano, os aposentados e os que não possuem renda (como desempregados), nessa faixa etária, terão o benefício garantido. “Pessoas aposentadas e quem não têm emprego podem ficar tranquilas que continuarão a ter acesso à gratuidade nos ônibus”, disse o futuro prefeito.
Doria não forneceu mais detalhes, mas disse que o projeto está sendo desenvolvido e será apresentado no fim da semana que vem.
A primeira proposta apresentada por ele previa que apenas os aposentados tivessem garantido o passe livre no ônibus.
Segundo a SPTrans (São Paulo Transporte), atualmente são 220 mil passageiros entre 60 e 64 anos que possuem gratuidade garantida. A média diária de passageiros é de 4 milhões.
De acordo com lei federal, todas as pessoas acima dos 65 anos, independente de sua condição, têm direito a usar o transporte público de graça em qualquer cidade.
Subsídios
Para garantir as gratuidades nos ônibus e mesmo a tarifa a R$ 3,80, a Prefeitura de São Paulo tem a necessidade de subsidiar parte do valor total da passagem e repassa R$ 203 mil por mês às empresas. Mas Doria disse que, mesmo com orçamento apertado, a passagem segue com mesmo preço. “Garantimos que o valor será o mesmo até dezembro de 2017.”
O prefeito diz que, a princípio, as gratuidades para os estudantes estão garantidas. Mas os desempregados até os 59 anos ficarão sem o benefício do passe livre. “Não cabe no orçamento”, disse Doria.