Gaviões
Fiel contou a história dos migrantes que deixam sua terra para tentar a vida na capital paulista
A Gaviões da Fiel levantou o público do Sambódromo do Anhembi cantando a história dos migrantes que deixam suas cidades para recomeçar a vida em São Paulo.
Com fantasias luxuosas e coloridas (com exceção da cor verde), a escola do Bom Retiro (região central) trouxe para avenida nordestinos (os mais representados), cariocas e os demais brasileiros que chegaram a Sampa e ajudaram a formar a cidade.
A comissão de frente representava um caminhão pau de arara, muito usado por famílias de migrantes nordestinos para se mudarem para outros estados.
O abre-alas também trazia migrantes, representando a partida em busca de uma terra promissora —o Eldorado. No alto do carro, o símbolo da escola, o gavião, nas cores vermelho e preto, sobrevoava prédios, simbolizando capital paulista.
Na primeira parte do desfile, a maioria das alas, quase todas coreografadas, fazia referência à dura viagem dos migrantes para São Paulo. A terceira alegoria lembrava a rodoviária do bairro da Luz (centro), na década de 1970. O carro tinha cem integrantes da escola que se transformavam em RGs gigantes.
Já os ritmistas da bateria vieram de vaqueiros, exaltando o povo nordestino.
A penúltima ala trouxe in- tegrantes carregando guarda-chuvas em uma homenagem à terra da garoa.
Mesmo com 3.000 componentes, a escola fez o desfile sem comprometer a evolução, dentro do tempo previsto no regulamento. “Tivemos o controle da parte técnica. Foi quase perfeito. Em um ano em que nossos seis carros queimaram em um incêndio, mostramos nossa garra e determinação nesse desfile”, disse Márcio Rodrigues de Souza, diretor da Gaviões da Fiel. Domingo, 26 de fevereiro de 2017