Comida mais barata
No meio dessa crise terrível que custa a passar, surgiu pelo menos uma boa notícia: a comida ficou mais barata.
Uma pesquisa que acabou de sair mostra que em fevereiro caíram os preços de vários dos produtos mais consumidos pelos brasileiros.
Os campeões de queda no mês passado foram o feijão carioca (14%), o feijão preto (9%), o alho (6%) e a batata inglesa (5%).
No total, os alimentos e bebidas ficaram 0,45% mais baratos. Não é pouco: foi a maior queda mensal desde julho de 2010.
Outra boa notícia: a alta do preço da co- mida nos últimos 12 meses foi de 5%, a menor em seis anos.
Quem providenciou a melhora foi são Pedro. O clima ajudou, e o Brasil está colhendo neste ano uma safra recorde de grãos e outros produtos agrícolas.
Quando há mais alimentos para vender no mercado, os preços vão para baixo, é claro.
As vantagens não param por aí. Com a ajuda da agricultura, a inflação está caindo mais rápido do que se esperava.
Isso significa que o arrocho sobre a população vai diminuir um pouco.
Por exemplo: os juros foram para as alturas há dois anos porque o governo queria que as famílias comprassem menos, para segurar a alta dos preços.
Agora que isso não é mais problema, os juros podem cair mais rápido. Aliás, devem. As taxas do cheque especial e do cartão de crédito são um absurdo.
Caindo os juros, as pessoas vão consumir mais. Mais na frente, as lojas voltam a contratar mais funcionários, e o desemprego cai.
Não é a salvação da lavoura ainda, mas já é alguma esperança.