Bolsonaro promete militares em metade do ministério
Possível candidato, deputado diz não se arrepender do que fala e que só não é chamado de corrupto
O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), 61 anos, promete nomear militares para metade de seu ministério se eleito presidente. Ele atribui seu desempenho —tem 9% das intenções de voto no Datafolha— à defesa do uso da violência como meio para combater a violência.
Bolsonaro conversou com a reportagem em seu gabinete na Câmara e por telefone. Disse que nem imprensa nem Supremo “vão me falar o que é limite”.
Sobre sua popularidade, o deputado afirmou que é bem recebido por onde passa.
“Quando vou para qualquer capital de Estado, tem no mínimo mil pessoas me esperando. Tenho bandeiras que um presidente pode levar avante e o povo está gostando. Quem sou eu na política perto de Serra, Aécio, Alckmin, Marina, Ciro? Sou um deputado que vocês chamam de baixo clero.
O possível candidato prometeu militares em seu mandato. “Se eu chegar lá um dia, vou botar militares em metade dos ministérios, gente igual a mim”. Sobre ter gays, foi enfático. “Se ela for competente, vai ocupar a função, se eu convidar e se ela topar, né... Agora, você não pode fazer da sua opção sexual carteira de trabalho. Você vê a Eleonora Menicucci. Declarou que faz sexo com homens e mulheres e seu grande orgulho é a filha gay. A Dilma a escolheu para secretária de Política para as Mulheres. Você acha que ela representa a minha mãe?” Entretanto, diz não ser homofóbico. “Sou acusado de tudo, só não de corrupto.”
Tortura
Bolsonaro falou também sobre métodos de investigação. “Tem de ter métodos enérgicos. Eu proponho, o Congresso aprova. Ninguém é candidato para ser ditador. [Sou a favor de] tratar o elemento com a devida energia. O cara senta ali, faz a pergunta, ele responde. Se não responde, bota na solitária. Fica uma semana, duas semanas, três meses, quatro meses... Problema dele. Você não combate violência com amor, combate violência com porrada, pô.”