Porteiro deve ser preparado para socorrer em emergência
Funcionários dos prédios precisam ter treinamento e dispor de um quadro com os telefones para socorro
Porteiros e zeladores devem passar por treinamento especializado, e atualizado anualmente, para prestar socorro a moradores e outros funcionários que passem mal ou tenham algum acidente dentro do condomínio.
“Eles serão os primeiros a identificar o problema e devem saber chamar o socorro”, diz Marcos Palumbo, capitão do Corpo de Bombeiros.
De acordo com Palumbo, ser ágil é fundamental por- que o tempo é precioso. “A cada minuto que passa, perdemos 10% de chance de salvar o paciente”, conta.
Portanto, ele diz, é preciso ligar para os números 192 (ambulância) ou 193 (bombeiros) e evitar mexer na pessoa ferida, caso não tenha treinamento.
O ex-porteiro e agora zelador Claudinei Evangelista de Souza, 35 anos, tem treinamento em primeiros-socorros e conta já ter ajudado umas dez pessoas ao longo de oito anos. O caso mais recente ocorreu na última quarta-feira. “Um senhor que tem diabetes perdeu a visão e me interfonou pedindo ajuda porque não enxer- gava. Mantive a calma, liguei para a ambulância e para a família dele. Ele foi para o hospital e ficou bem”, conta.
Os prédios da capital não são obrigados a terem macas e cadeiras de rodas, mas devem proporcionar o treinamento da Brigada de Incêndio a funcionários.
“Essa não é uma realidade na maioria dos condomínios, infelizmente”, afirma o especialista em segurança Wlauder Robson Gonçalves.
“O porteiro não pode ser surpreendido. Deve ser treinado para pedir apoio do zelador ou das pessoas próximas e para solicitar o socorro”, afirma Gonçalves.