Atleta de São Paulo paga a faculdade jogando peladas
O educador social Felipe Souza, de 29 anos, tentou jogar em todas as posições. Começou como atacante, virou meia, experimentou ser zagueiro, mas foi como goleiro que descobriu o que mais gostava de ser no futebol. Fã de peladas desde os 9 anos, Felipe costumava pagar para jogar em uma quadra no bairro de Ermelino Matarazzo, na zona leste da capital.
O fato de gastar dinheiro com o futebol, porém, incomodava a mulher dele, Hosana Novaes. E ela mesmo tratou de dar um jeito nisso.
“Cheguei em casa um dia depois de um jogo e ela estava de saco cheio de eu gastar dinheiro com isso. Aí, ela contou que viu o aplicativo na internet e que eu poderia ganhar dinheiro jogando. Eu achei legal”, contou.
Felipe gastava em torno de R$ 50 por mês para jogar em uma quadra. Depois que se cadastrou no aplicativo, ele passou a ganhar de R$ 150 a R$ 170 por mês.
“Com esse dinheiro, eu consegui retomar minha faculdade, de serviço social”, conta o goleiro, que está ca- dastrado no aplicativo desde outubro do ano passado. “Hoje, eu considero as peladas como uma renda fixa, junto com meu trabalho na ONG Nosso Lar (de assistência a crianças e adolescentes)”, explica Felipe Souza, que estima fazer entre dez e 12 jogos todo mês para tirar o valor de sua faculdade. “Juntou o útil ao agradável.”