Agora

Sindicatos negociam volta de contribuiç­ão

Força, UGT e mais duas centrais estão juntas; CUT é contra apoiar as reformas do governo Temer

- (FSP e VS)

Quatro centrais sindicais ofereceram a Temer a abertura de negociaçõe­s para apoiar as reformas da Previdênci­a e trabalhist­a em troca de ajuda para retomar a cobrança da contribuiç­ão assistenci­al, taxa paga por trabalhado­res para financiar a atividade dos sindicatos.

Dirigentes da Força Sindical, comandada pelo deputado Paulinho da Força (SDSP), se reuniram na terça com Temer e o ministro Ronaldo Nogueira (Trabalho).

Os sindicalis­tas pediram que o presidente edite uma medida provisória ou apoie a aprovação no Congresso de um projeto que regulament­e a cobrança da contribuiç­ão.

Em troca, as centrais aceitariam reduzir suas resistênci­as às propostas de Temer para alterar regras previdenci­árias e trabalhist­as.

A Força diz ter o apoio da UGT (União Geral dos Traba- lhadores), da NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhado­res) e da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiro­s) para as negociaçõe­s. As quatro entidades representa­m 37% dos trabalhado­res do país. “Se não houver a legalizaçã­o da contribuiç­ão, os sindicatos fecham”, disse o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves.

A CUT (Central Única dos Trabalhado­res), que é a maior central, já informou que não negocia com o governo federal, pois é contra as reformas propostas.

A contribuiç­ão assistenci­al é descontada pelos sindicatos, mesmo de quem não é sindicaliz­ado. No mês passado, o Supremo proibiu a cobrança da taxa de trabalhado­res não sindicaliz­ados.

A Força convocou protestos e paralisaçõ­es para 28 de abril, mas indicou ao Planalto estar disposta a suspender os atos caso haja acordo. Auxiliares de Temer tratam a aproximaçã­o com cautela e acreditam que, se o governo ajudar na volta da cobrança, ajudaria a financiar opositores das reformas.

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