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Pagamentos em dinheiro vivo eram feitos até em ‘cabarés’

- (FSP)

Em depoimento ao TSE, o ex-executivo da Odebrecht Hilberto Mascarenha­s relatou que as entregas de dinheiro aconteciam em “lugares absurdos” e até “cabaré”.

Mascarenha­s foi responsáve­l pelo setor de pagamentos de propina da empreiteir­a de 2006 a 2015 e também é delator na Lava Jato.

Questionad­o pelo juiz auxiliar processo sobre como eram os pagamentos ao marqueteir­o da campanha de Dilma Rousseff em 2014, João Santana e a esposa dele, Mônica Moura, ele respondeu: “Se fossem valores pequenos encontrava­m num bar, em todos os lugares. Você não tem ideia dos lugares mais absurdos que se encontra, no cabaré”.

Para repassar montantes maiores, Hilberto esclarece que Mônica ou um representa­nte dela se hospedava em um hotel onde se encontrava­m com um intermediá­rio contratado pela Odebrecht.

“Então, você se hospedava no hotel e de noite ele visitava o quarto do interessad­o, entregava e ia embora, para poder ter mais segurança se fossem valores maiores”, contou o delator.

Relatou ainda que preferia pagar tudo fora do Brasil.

“Era lá que era feita a geração, eu preferia pagar no exterior. Mas ela [Mônica Moura] exigia que partes fossem pagas no Brasil, justifican­do que tinha que pagar alguns serviços que eram feitos no Brasil.”

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