Doria deixa de atender 3 em cada 4 queixas zzeellaaddoorriiaa
Avisada pelo 156 sobre mato, lixo e buraco, prefeitura ignora prazo e não resolve problemas
A gestão do prefeito João Doria (PSDB) não resolveu 3 em cada 4 reclamações de zeladoria, descumprindo os prazos fixados pela própria Prefeitura de São Paulo.
São queixas como mato alto em praças, lixo e entulho nas ruas, buracos no asfalto e falta de iluminação.
O combate a essas falhas foi destacado pelo próprio prefeito como uma das marcas do início de seu mandato. Doria se vestiu de gari logo no segundo dia do ano e criou um programa de zeladoria batizado de Cidade Linda, com mutirões semanais nos bairros.
A reportagem percorreu as cinco regiões da capital paulista e, entre os dias 3 e 7 de fevereiro, apresentou queixas à administração sobre 30 falhas de zeladoria —por meio do telefone 156.
Ao voltar às ruas na última semana para conferir os resultados, somente 7 dos 30 pedidos haviam sido atendidos dentro do prazo.
A maioria das solicitações permanece completamente ignorada: os pedidos continuam “em aberto” ou “aguardando resposta”.
Mato e buracos
Em 6 de fevereiro, a reportagem registrou reclamação de mato alto perto da pista de corrida no parque do Carmo, na zona leste. O prazo para a solução era de 30 dias, mas, 40 dias depois, a situação só havia piorado. O site do 156 informava que a solicitação de capinação estava “aberta”.
“Faz muito tempo que não cortam, está bem abandonado”, afirma Rodrigo Tadeu Juliani, 32 anos, motorista que se exercita no parque.
Na rua Silva Bueno, no Ipiranga (zona sul), 45 dias após a prefeitura ter sido avisada sobre três buracos, eles permaneciam na via. E outros apareceram.
A cena se repete na zona norte. No Limão, um pedido para tapa-buraco feito no dia 6 do mês passado não surtiu efeito. No último dia 23, os buracos persistiam.
Informação
Para 4 das 30 queixas, a informação do serviço 156 era a de que eles estavam resolvidos, mas, em visita aos locais, a reportagem constatou que continuavam.
Na av. Azevedo, no Tatuapé (leste), duas lâmpadas estavam apagadas no dia 7 de fevereiro. Segundo a prefeitura, a falha foi resolvida três dias depois —dentro do prazo. Após 40 dias, as mesmas lâmpadas continuavam inoperantes. “Faz dois meses que está assim, nunca arrumaram”, diz Gustavo Sanchez, 23 anos, dono de uma loja em frente a um dos postes apagados.