Banheiros de terminais estão sujos e sem papel higiênico
Além da falta de limpeza e material, sanitários não têm espaço para troca de fraldas dos bebês
Usuários de banheiros públicos de terminais de ônibus de São Paulo têm de lidar com sujeira, mau cheiro, falta de papel higiênico e de sabonetes, assentos sanitários quebrados (ou a falta deles) e portas enferrujadas. É o que constatou o Vigilante Agora que, na semana passada, visitou os locais.
O banheiro do Terminal Santo Amaro (zona sul), sob responsabilidade da gestão João Doria (PSDB), apresentava nível elevado de sujeira, falta de papel higiênico e assentos sanitários quebrados em três cabines.
Havia barras de ferro para proteção contra furto de válvulas de descarga —o que dificulta o usuário de apertar o botão para acionar a descarga. Não havia funcionários para limpeza no local.
No Terminal Vila Nova Cachoeirinha (zona norte), também sob responsabilidade da administração municipal, apesar das portas e instalações conservadas, o banheiro estava sujo e tinha apenas uma saboneteira abastecida à disposição dos usuários. Faltavam pelo menos duas.
No Terminal Casa Verde (zona norte), gerenciado pela prefeitura, assentos trincados destoaram da limpeza do banheiro com todas as saboneteiras abastecidas e papéis repostos nas cabines. As instalações também estavam conservadas.
Ferrugem
No Terminal Metropolitano de São Mateus (zona leste), sob gestão Geraldo Alckmin (PSDB), as portas estão enferrujadas e as caixas sanitárias da descarga se encontram amarradas para não caírem.
Uma funcionária estava fazendo faxina no local.
No Terminal Penha (zona leste), o banheiro feminino estava interditado. No Lapa (zona oeste), os banheiros passam por reforma e seguem desativados com tapumes. Em ambos os locais, a responsabilidade da manutenção é da prefeitura.
Lixo e bebês
No centro, os sanitários dos terminais estão conservados. É o caso dos terminais do Brás (anexo ao Metrô), e Parque Dom Pedro 2º.
O grande problema nesses locais é que a limpeza não vence o lixo produzido pelo grande fluxo de pessoas —os banheiros acabam ficando sujos e malcheirosos.
Em nenhum dos locais visitados havia espaço para troca de fraldas de bebês. Pelo menos uma cabine destinada a deficientes físicos fica à disposição nos terminais. Sem papel higiênico Sujo 3 das 6 cabines com assentos sanitários sujos e quebrados Nenhuma tinha tampa de proteção no botão da descarga Proteção antifurto da válvula dificultava a descarga