Cresce número de mortes de pedestres na Grande SP
117 pessoas foram mortas atropeladas no 1º bimestre deste ano, contra 101 em igual período de 2016
O número de mortes por atropelamento na Grande São Paulo aumentou 15,8% no primeiro bimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 117 óbitos em janeiro e fevereiro deste ano, contra 101 em 2016.
O levantamento, que leva em conta as 39 cidades da região metropolitana e a capital, foi feito pelo Agora com base nos dados do sistema Infosiga, ligado à gestão Geraldo Alckmin (PSDB).
O aumento nas mortes por atropelamento deve-se principalmente ao mês de feve- reiro, quando 71 pedestres morreram em acidentes de trânsito na região metropolitana (no ano passado, nesse mesmo mês, foram 54).
Para Luiz Vicente Figueira de Mello, especialista em mobilidade urbana do Mackenzie, a solução para diminuir o número de óbitos em atropelamentos é, justamente, não olhar os números totais, mas individualmente.
“É necessário analisar e estudar cada um desses atropelamentos para definir se a solução é reduzir o número do limite de velocidade, colocar grades para impedir que se atravesse fora da faixa de pedestre ou aumentar a presença de agentes para orientar as pessoas, por exemplo”, disse o especialista. “O pedestre é o elemento mais frágil no trânsito, é dever do poder público lhe dar mais proteção”, afirmou Figueira de Mello.
Bicicletas
A morte de pedestres foi a única que registrou aumento considerável entre os tipos de vítimas. Em relação a ciclistas, houve aumento de apenas uma morte (de 11 para 12) nos bimestres de 2016 e 2017. Os dados relativos a todas as outras vítimas de trânsito mostram redução de mortes.
O total de óbitos em acidentes de trânsito caiu de 308 para 281, no período, na região (veja quadro).
Em relação apenas à capital, também houve redução do total de mortes em acidentes no período (de 158 para 134) e aumento de óbitos de pedestres (de 52 para 63).