Agora

Um pouco de luz no final do túnel

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Depois de quase três anos seguidos de crise feia, a economia agora pelo menos parou de piorar.

O cenário ainda é de terra arrasada: muitas empresas quebraram, há mais de 14 milhões de desemprega­dos, e muitos dos que têm emprego trabalham em condições mais precárias.

Mas, pelo menos, há motivos para acreditar que as coisas começam a melhorar, embora bem devagar.

As pessoas já perceberam isso: o Datafolha mostrou que caiu o pessimismo dos brasileiro­s —hoje, 31% deles esperam uma piora da situação, menos que os 41% do final do ano passado.

Além disso, aumentou, de 37% para 45%, a parcela dos que acreditam que a própria vida vai melhorar daqui para a frente.

A esperança tem fundamento. Um dos motivos principais é a queda da inflação, que agora não come tanto o poder de compra dos salários.

Por isso, a renda média dos trabalhado­res, que fica um pouco acima dos R$ 2.000 por mês, parou de encolher.

No caso das empresas, parece que o grosso dos cortes de gastos já ficou para trás. Elas devem voltar a investir em novas máquinas e equipament­os, para elevar a produção.

Infelizmen­te, a volta das contrataçõ­es deve demorar mais, talvez até o final do ano.

Primeiro, é preciso esperar que, com algum dinheirinh­o extra, as pessoas tomem coragem para ampliar seus gastos. Aí melhora o movimento do comércio, que pode puxar o resto da economia.

É uma luz no fim do túnel. O problema é que o trem da política ainda está desgoverna­do e pode causar algum acidente até lá.

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