Agora

Greve está na ordem do dia, dizem centrais

Dirigentes se reúnem hoje em São Paulo e querem definir nova agenda de protestos contra as reformas

- (Renê Gardim e Vanessa Sarzelas)

As centrais sindicais definem hoje as próximas estratégia­s para pressionar o Congresso contra as reformas trabalhist­a e previdenci­ária. Ontem, após reunião com o ex-presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), dirigentes das entidades iniciaram conversas sobre os próximos passos. E não descartam nova greve geral, a exemplo da que aconteceu no dia 28 de abril.

O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhado­res), Vagner Freitas, afirmou que não há uma data marcada, mas a greve “está na ordem do dia”.

Para ele, a pressão por mudanças nas reformas deve vir das ruas. “Caminhamos para uma ocupação de Brasília para impedir a aprovação da reforma da Previdênci­a. Mas também existe a disposição para nova greve geral, que poderá ser de dois dias.”

Os sindicalis­tas acreditam que a continuida­de das mobilizaçõ­es contra os projetos pode “mudar o humor” dos parlamenta­res. “Os políticos votam sob pressão e sabem que não é muito adequado ir contra os interesses da sociedade que tem mostrado nas pesquisas, que rejeitam as mudanças”, afirmou.

Já Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, pediu uma tramitação mais lenta dos projetos. “Pedimos aos senadores que ajudem na tramitação das reformas com calma, já que, na Câmara, não tivemos condições de discutir as mudanças. Também queremos que a reforma trabalhist­a passe em pelo menos três comissões do Senado e não só em duas.”

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