Conmebol denuncia Verdão por confusão no Uruguai
Alviverde pode ser punido por briga em campo e também dos torcedores, mas já foi atrás de ajuda legal
A Conmebol oficializou ontem a denúncia ao Palmeiras pelos problemas na partida contra o Peñarol, no dia 26 de abril, pela Taça Libertadores. As brigas entre jogadores, dentro de campo, e entre torcedores, na arquibancada e fora do estádio em Montevidéu, devem render punições ao clube. Ainda não há data para o julgamento.
O Verdão foi denunciado pela Conmebol nos artigos 5º e 11º do código disciplinar. O artigo 5º diz que o clube descumpriu os seguintes itens: “comportar-se de maneira ofensiva, insultante, ou realizar manifestações difamatórias; violar conceitos mínimos do que se considera comportamento aceitável no esporte; e comportar-se de maneira tal que o futebol e a Conmebol possam ser vistos com descrédito”.
Os confrontos e a confusão entre os torcedores entram no artigo 11º, em dois itens: “lançamento de objetos” e “desordem”. No artigo 6º do código disciplinar, que é citado na denúncia, a Conmebol diz que os clubes são responsáveis pela atitude de seus funcionários e torcedores, por isso a punição à ins- tituição em caso de infrações cometidos por eles.
Protagonista da confusão ao desferir um soco em Matías Mier, ao ser acuado pelos jogadores do Peñarol, o volante Felipe Melo foi suspenso preventivamente por três partidas e nem chegou a viajar com o elenco para a Bolívia, onde enfrentaria o Jorge Wilstermann ontem à noite.
Defesa no Uruguai
Além de contar com o seu departamento jurídico, o Palmeiras também contratou um advogado uruguaio para acompanhar o caso nos tribunais do país vizinho.
“Nós estamos muito bem representados por nossa equipe jurídica, mas estamos trabalhando com profissionais estrangeiros para pensar em tudo. Acho que quando o Ministério Público se preocupar com brigas em campo, estaremos muito mal. Eu reafirmo: somos vítimas. Quem estava lá sabe como foi”, comenta o diretor de futebol palmeirense, Alexandre Mattos, que também elogiou a conduta de Felipe Melo no episódio, destacando que ele só revidou quando não tinha outra solução.
“O cara [Melo] foi jogar bola no Uruguai. Não deu um pontapé sequer. Equilíbrio emocional imenso nos jogos. Contou até 150 mil para reagir em sua defesa”, disse Mattos.