Crossfit conquista adeptos na periferia de São Paulo
Modalidade esportiva que inclui tarefas do dia a dia atrai pelos treinos sem rotina e pelos bons resultados
Modalidade esportiva que combina tarefas do dia a dia —como agachar e puxar— em alta intensidade, e exercícios como levantamento de peso e ginástica olímpica, o crossfit deixa de ser exclusividade de bairros nobres para ganhar espaço —e adeptos— também em bairros como São Miguel e Parque São Lucas (na zona leste), e Pirituba (zona norte).
Com treinos que mudam a cada dia, o crossfit já ocupa mais de 700 boxes (locais onde são praticados) no Brasil, segundo a Crossfit Inc., empresa do americano Greg Glassman, ex-ginasta que criou a modalidade em meados de 1980. Em São Paulo, há mais de 120.
O fisioterapeuta Juliano Azevedo decidiu apostar na modalidade e há dois anos abriu a Crossfit Leste em São Miguel. “Faltava um espaço para este tipo de esporte na região. Decidi arriscar e está dando certo”, afirma.
Azevedo não revela o número de alunos, mas diz que a maior parte é formada por ex-sedentários que adoram a dinâmica dos exercícios.
O casal de comerciantes Vanessa Zanini, 30 anos, e Marcio Zanini, 33 anos, aderiu ao crossfit há quatro meses e aprova a experiência. Juntos, emagreceram mais de 30 quilos. “Queria sair da rotina da academia. Aqui, todo dia é um treino novo. E também é mais perto de casa”, diz Marcio, que mora em Ermelino Matarazzo, também na zona leste.
O gestor da Crossfit Pirituba, Bruno Trindade, disse que muitos eram apenas “curiosos” que passavam pelo box e não sabiam o que era. “Eles viam um monte de gente pendurada em uma corda e não sabiam se era ou não uma academia”, diz.
A analista de negócios Lenita Dias, 31 anos, experimentou e gostou. “Antes eu fazia aulas de ginástica e não via resultado. E o melhor é que fica a três quarteirões da minha casa.”