Agora

Aposentado quer incluir tempo especial

O segurado pediu uma revisão ao INSS, pois diz que órgão não reconheceu o trabalho insalubre

- (Fernanda Brigatti e Cristiane Gercina)

O aposentado Mario Edwardo Gajewski, 63 anos, entrou com um pedido de revisão do valor de seu benefício em fevereiro do ano passado, mas, até o momento, não conseguiu uma resposta do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

O requerimen­to foi feito na agência do Tatuapé (zona leste), onde foi concedida a aposentado­ria. Segundo o segurado, ao calcular o valor do benefício, o INSS não considerou o período em que ele trabalhou em condições insalubres, o que daria o direito à conversão do tempo especial em comum, elevando o valor final do benefício.

Na agência, por duas vezes, o segurado ouviu a mesma resposta dos servidores que o atenderam: o pedido ainda está em análise.

Gajewski afirma que sempre trabalhou na indústria metalúrgic­a e carrega, hoje, as marcas da exposição a agentes nocivos —perdeu a audição no ouvido direito e tem apenas 50% no esquerdo, isso porque usa apare- lho. Passou por estamparia, ferramenta­ria e usinagem.

“Até os anos 1980, não davam importânci­a para a utilização de EPI (Equipament­o de Proteção Individual). Depois disso, muita gente já estava mutilado do trabalho”, relata. Nas contas que fez, se tiver a revisão, vai receber R$ 600 a mais.

Resposta

O INSS informou, em nota da assessoria de imprensa em São Paulo, que o pedido do segurado já foi analisado e que a revisão foi negada. Ele receberá uma correspond­ência em casa. “Caso não concorde com a decisão, o segurado poderá recorrer.”

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Robson Ventura/Folhapress O aposentado Mario Edwardo Gajewski, 63 anos, pediu uma revisão ao INSS no ano passado, mas ainda não obteve resposta sobre a inclusão de tempo especial

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