Rodriguinho assume o papel de líder
Rodriguinho soube esperar. Não precisou atropelar ninguém para virar protagonista no Corinthians. Apesar de o meia ter ficado fora do último jogo do Paulistão, pode-se dizer que o time só chegou aonde chegou porque o camisa 26 assumiu o papel de líder que ele começou a traçar ainda em 2015, quando voltou ao clube.
Naquela época, ele viu praticamente do banco de reservas Jadson e Renato Augusto liderarem a equipe treinada por Tite. Saiu algumas vezes e até fez gols importantes. Mas foi apenas a partir da temporada passada, quando passou a ser a cabeça pensante de um time com pouca inspiração, que o jogador, hoje com 29 anos, ganhou destaque especial.
Neste ano, mesmo com a volta de Jadson, ele não se intimidou. Após quase ter ido para o futebol turco — e até mostrado certa irritação com o acordo frustrado—, Rodriguinho ganhou contrato novo, aumento e o carinho da Fiel, graças aos gols decisivos no mata-mata do Paulistão. Os quatro, ele marcou na hora agá.
“Agradeço pelo fato de o Carille ter me colocado como um dos principais jogadores. Com a evolução da equipe, era natural que eu fizesse mais gols”, afirmou.
Primeiro, ele tirou o Timão do sufoco nas quartas, diante do Botafogo. Depois, no clássico contra o São Paulo, deu passe açucarado para Jô e deixou o dele na vitória por 2 a 0, no Morumbi.
Faltava uma atuação ainda mais memorável. E ela veio na primeira partida contra a Macaca. O armador marcou dois gols e ainda deu um para Jadson, após fazer fila na defesa campineira. Só não fechou a decisão com chave de ouro porque levou um cartão amarelo, que o tirou do jogo da festa em Itaquera.
“Não ter jogado hoje [ontem] foi uma dor incrível, porque eu queria muito. Batalhamos muito para chegar até aqui, e seria uma felicidade poder atuar em casa. Mas aquele jogo em Campinas ficará gravado na minha memória. Foi uma atuação muito boa em uma decisão”, sorriu Rodriguinho.