“Terrão” volta a dar frutos e a molecada se destaca
Não foi apenas de Cássio, Jadson e jogadores rodados que o Corinthians viveu para se tornar o melhor time do Estado novamente. O Paulistão de 2017 ficará marcado também como o campeonato no qual o Timão voltou a apostar na sua base.
A partida contra o Red Bull, antepenúltima da primeira fase, exemplifica bem a tese.
Tudo bem que Fábio Carille tinha muitos desfalques naquela ocasião, mas o fato de ter escalado sete crias do “terrão” entre os 11 titulares mostrou que, por convicção ou falta de grana, o clube percebeu que vinha desperdiçando muito talento à toa.
O atual e também maior vencedor da Copa São Paulo (dez títulos) quase não colhe os frutos no time profissional. Nos últimos anos, viu atletas de reconhecido nível técnico, como Marquinhos e Éverton Ribeiro, saírem com poucos jogos no profissional.
As coisas começaram a mudar com o atacante Malcom, negociado com o Bordeaux-FRA, no ano passado.
Da safra atual, o lateral esquerdo Guilherme Arana talvez seja um dos mais promissores. Aproveitou a saída de Uendel e tomou conta da posição. “Dever cumprido. Obrigado, Fiel”, disse Arana.
Outro destaque é o volante Maycon. Emprestado para a Ponte Preta durante o Brasileiro de 2016, ele voltou no início deste ano e, com boas atuações e gols, ganhou a posição do recém-contratado Fellipe Bastos.
A nova safra tem até can- didato a novo xodó da Fiel: o atacante Pedrinho, campeão e melhor jogador da Copa São Paulo de juniores deste ano —ao lado do goleiro Gerson, do Batatais—, foi um dos escalados por Carille naquele jogo contra o Red Bull.
“Este é o primeiro de muitos [títulos] como profissional”, destacou Pedrinho.
Ainda jogaram Pedro Henrique, Léo Santos, Léo Príncipe, Marciel e Léo Jabá. “Sem palavras. É um sonho realizado”, resumiu Jabá.