Agora

Gabriel encarna a raça do Timão e ganha a Fiel

- (RC)

Trocar um time pelo arquirriva­l costuma ser caminho perigoso para o jogador envolvido, alvo fácil das críticas de parte a parte. É chamado de traíra por quem o vê partir e recebido cheio de desconfian­ça na nova casa. No caso de Gabriel, porém, um dos alicerces do sistema defensivo do campeão Corinthian­s, deu tudo certo.

Antes de mais nada, é bom que se diga: o volante não abandonou o barco palmei- rense para nadar em direção ao corintiano. Ao fim do contrato, o Verdão anunciou que não o renovaria. O Timão se interessou e fechou com o meio-campista de 24 anos.

A possibilid­ade de rejeição não se confirmou. A torcida logo notou que, além de ter virado completame­nte a página e deixado o Palmeiras no passado, Gabriel esbanjava vontade em campo.

E o volante ganhou de vez a Fiel ao mostrar isso justa- mente no Dérbi. Expulso por engano, viu de fora o Corinthian­s derrubar o rival em jornada decisiva e não teve medo de tripudiar.

Ontem, na festa, Gabriel citou o triunfo sobre o Palmeiras como a partida-chave para a conquista da taça. “Ali, vimos a dedicação de todos diante de tudo o que aconteceu. Depois desse jogo, senti o time guerreiro, campeão”, recordou.

A enorme disposição do atleta resultou inicialmen­te em um número muito alto de cartões amarelos. Foram sete nas primeiras 14 apresentaç­ões pelo Timão. Após uma conversa com Fábio Carille, o volante trocou os cartões pelos desarmes. Virou um dos líderes do time no quesito, com 53 roubadas de bola.

Por ironia do destino, acabou suspenso da partida de ontem após ter recebido um cartão bastante questionáv­el no jogo de ida da final.

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