Hospital fica sem seguranças
Seguranças do Hospital Municipal Doutor Arthur Ribeiro de Saboya, no Jabaquara (zona sul), sob a responsabilidade da gestão João Doria (PSDB), fizeram uma paralisação ontem contra o atraso no pagamento de salários, entre outros problemas. De acordo com funcionários do local, os atrasos têm sido frequentes desde o ano passado.
O hospital conta atualmente com 18 seguranças por turno. Eles se revezam em plantões de 12 horas trabalhadas por 36 de folga.
Funcionários do local afirmam que, antes de entrar em crise, a empresa Servi mantinha 86 seguranças no hospital. Hoje, seriam cerca de 60, divididos em turnos.
Além dos frequentes atrasos nos salários, os seguranças dizem que não têm o di- nheiro do FGTS ( Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) desde outubro. Eles afirmam que a empresa também não paga benefícios, como o vale-alimentação.
Porteiros
Sem seguranças, restou ontem a oito porteiros a responsabilidade de vigiar o hospital. Apesar disso, qualquer pessoa, mesmo sem identificação, conseguia circular por corredores e entrar em setores de acesso restrito.
“Ficamos surpresos quando um paciente do setor psiquiátrico conseguiu passar por todas as portas e chegar até o quarto andar”, afirmou um dos funcionários do hospital, que não se identificou.
Outra preocupação é o fato de o hospital receber pacientes que se envolvem em tiroteios com a polícia.