Gêmeos acusam agentes da CPTM de racismo e agressão
Dois irmãos sofreram agressões de seguranças terceirizados e policiais federais ferroviários na estação Barra Funda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) às 22h da última terça-feira. Eles acusam os funcionários de racismo.
Segundo o estudante de Ciências Atuariais Denis Evangelista Assis Leite, 21 anos, o problema começou quando ele pediu para usar o banheiro da estação, às 22h, horário em que o sanitário fecha. “Insisti, porque estava muito apertado e tinha gente saindo de lá ainda”, disse Denis. Nesse momento, após discussão, um dos seguranças lhe disse “sai fora, macaco”. “Deixei pra lá e fui usar o banheiro fora da estação, porque uma funcionária liberou a catraca para eu não ter que pagar nova passagem na volta”, diz o estudante.
Denis afirma que quando estava descendo para a plataforma a fim de pegar o trem para Pirituba, onde mora, foi abordado pelos mesmos seguranças com que tinha discutido logo antes. “Levei gravata no pescoço e me arrastaram a uma sala”, falou Denis. O irmão gêmeo dele, Danilo Evangelista Assis Leite, viu a agressão e tentou acalmar os seguranças. “Pedi calma, mas também de arrastaram para a sala”, falou Danilo. No local, Denis conta que levou três socos.
Na quarta feira, acompanhados por um advogado, os irmãos registraram boletim de ocorrência na Delegacia do Metrô, por lesão corporal, injúria e abuso de autoridade. Em nota, a CPTM afirmou que abriu investigação interna para esclarecer a ocorrência e afastou os agentes envolvidos até a conclusão da apuração.