Química da arena
A pressão por uma vitória dentro do Palmeiras, após quatro partidas sem vencer, de fato, existia. Mas acabar com o jejum era questão de tempo. Isso porque o Verdão há tempos tem mostrado uma força grande entre time e torcida em sua arena. Após um empate sem gols com o Galo, o clube teve, contra o Flu, nova chance de findar a seca. Mais de 30 mil palmeirenses estiveram no Allianz para apoiar o Verdão em uma bonita festa. Não à toa, o clube não perde ali há 26 partidas: 20 vitórias e seis empates. A maior preocupação de Cuca agora deve ser em levar o padrão arena para os jogos como visitante. Desde que voltou, Cuca perdeu os quatro jogos que fez longe de seus domínios: três tropeços no Brasileiro e um outro na Copa do Brasil.
O Palmeiras recebeu o Fluminense pressionado por não vencer e não marcar gols há quatro partidas no Brasileirão —três derrotas e um empate—, exerceu o seu poder de mandante dentro do Allianz e se reencontrou com a vitória ao vencer por 3 a 1.
O resultado dá um pouco mais de tranquilidade para o técnico do Verdão, Cuca, e ameniza a pressão na Academia de Futebol às vésperas do clássico contra o Santos, na próxima quarta, na Vila.
A equipe ainda manteve o bom retrospecto em sua arena. Agora são 26 jogos, sendo 20 vitórias e seis empates, um aproveitamento de 84%.
O duelo iniciou com o Palmeiras controlando a posse de bola. Aos 10min, o Cucabol se mostrou outra vez útil.
Em jogada de lateral, Guerra aproveitou desvio de cabeça de Willian na primeira trave para fazer 1 a 0.
Atrás no marcador, o Fluminense se soltou mais e rapidamente chegou ao empate. O gol dos cariocas evidenciou um problema que o Verdão enfrentou durante toda a primeira etapa, com as in- vestidas de Marcos Calazans pela esquerda do ataque, em cima do lateral direito Jean.
Foi por ali que o atacante recebeu lançamento, ganhou em velocidade e rolou para Henrique Dourado igualar.
O jogo ficou amarrado e apenas após bela jogada individual de Róger Guedes é que Keno conseguiu ampliar.
Os palmeirenses, contudo, seguiram dando espaços pelos lados. Foi assim que Dourado quase voltou a empatar, mas Prass não permitiu.
Na etapa final, Cuca sacou Jean e colocou Thiago Santos. Tchê Tchê foi para a lateral direita e acabou com a farra que Calazans fazia por ali.
Além disso, os mandantes passaram a apostar mais nos contragolpes. Os cariocas, por sua vez, pareciam cansados e poucos problemas criaram.
Nos minutos finais, Scarpa virou zagueiro para melhorar a saída de bola e para o defensor Reginaldo ser aproveitado dentro da área.
Já nos acréscimos, Marcos Junior teve a chance de empatar ao cabecear livre da pequena área, mas Prass, outra vez, salvou o Verdão.
Três minutos depois, Róger Guedes escapou em velocidade e definiu a vitória alviverde.