Plano de Doria para a zona sul é criticado
A gestão João Doria (PSDB) decidiu priorizar incentivos ao desenvolvimento urbanístico em direção à zona sul, entre as regiões da Berrini e do autódromo de Interlagos.
O projeto de lei que vai definir a intervenção batizada de Arco Jurubatuba está em elaboração na prefeitura para ser enviado à Câmara e prevê estimular a implantação nessa área de empreendimentos, moradias e infraestrutura urbana —incluindo a ampliação da marginal Pinheiros no sentido do autódromo de Interlagos.
Essa prioridade da gestão Doria, aliada ao arquivamento do chamado Arco Tietê, que previa a expansão nas imediações do rio Tietê, é motivo de preocupação entre especialistas em urbanismo.
Para o presidente do IAB/SP (Instituto de Arquitetos do Brasil), o problema do projeto divulgado pela gestão Doria é o que ele não diz. “A avaliação do IAB é que a minuta é extremamente genérica, feita com diretrizes abstratas”, diz Fernando Túlio Franco, presidente do órgão.
O fato de a prefeitura priorizar o Arco Jurubatuba em detrimento do projeto de intervenção urbana para a marginal Tietê, arquivado em maio na Câmara a pedido da gestão Doria, é classificado como uma ação contraditória por Américo Sampaio, da Rede Nossa São Paulo.
“A justificativa da prefeitura para retirar o Arco Tietê não tem cabimento. O projeto foi amplamente debatido e está em concordância com o Plano Diretor”, afirma.