Agora

Aperto no bolso dos outros

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O governo do Brasil parece um saco sem fundo. Arrecada um monte de dinheiro, mas sempre está precisando de mais.

Na média, cada brasileiro paga um terço da sua renda em impostos (claro, uns pagam mais, outros pagam menos, mas a média é essa), o que é muita coisa.

Há o Imposto de Renda e a contribuiç­ão para a Previdênci­a, que são descontado­s do salário. Mas existem também muitos tributos que muita gente nem sabe que paga: eles fazem parte dos preços de tudo o que compramos.

Sem contar o IPVA, o IPTU e outros, que vão para os Estados e as prefeitura­s.

Mesmo assim, os serviços públicos estão longe de ser uma maravilha. É só ver as escolas, os hospitais e as delegacias de polícia, para ficar nos exemplos mais importante­s.

Os problemas pioraram com a crise econômica. Primeiro, o governo gastou além da conta e fez uma dívida grande demais. Depois, com o desemprego e a queda do consumo, a arrecadaçã­o caiu.

Agora está aparecendo todo tipo de ideia para tapar o buraco nas contas. A última foi a de aumentar o Imposto de Renda dos mais ricos.

Só que a chiadeira foi tão grande que a proposta foi abandonada no mesmo dia, terça-feira (8), em que foi noticiada.

Claro, ninguém aguenta mais pagar tanto para sustentar o governo, enquanto ainda restam muitos gastos inúteis para serem cortados.

Mas os políticos não reclamaram tanto quando aumentou a gasolina, que não pesa muito na renda deles.

Como dá para ver, aperto no bolso dos outros é refresco.

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