Garota de 13 anos é morta em casa por amigo da família
Motoboy disse à polícia que quis se vingar do cunhado da vítima, com quem ele havia brigado
Um motoboy foi preso ontem acusado de matar por enforcamento a estudante Ana Júlia Freire de Oliveira, 13 anos, no bairro de Bussocaba, em Osasco (Grande SP). O crime aconteceu na segunda-feira. O suspeito era amigo da família da vítima. Segundo a polícia, ele confessou o assassinato.
A garota foi encontrada morta em seu quarto, na casa onde morava com a irmã e o cunhado. Ela tinha um fio de TV a cabo enrolado no pescoço, amarrado a uma gaveta da cômoda. Segundo a polícia, a família apontou como suspeito Wanderlei Lima Barroso, 35 anos, e ele passou a ser investigado.
Barroso foi preso na frente da casa de um amigo. Segundo o delegado Paulo Roberto de Queiroz Motta, da Delegacia de Homicídios de Osasco, Barroso confessou o crime. “Ele era amigo da família e disse que foi vingança contra o cunhado, com quem teve um desentendimento há uma semana”, disse. A polícia não informou qual foi o motivo da briga.
Ainda de acordo com a polícia, o motoboy afirmou em depoimento que foi até a casa da família quando sabia que a estudante estaria sozinha, e pediu um copo d’água para poder entrar. Então, segundo o depoimento, atacou Ana e a estrangulou até a morte. Barroso afirmou que, em seguida, arrancou o fio da TV a cabo e enrolou no pescoço da menina e em um puxador da cômoda, para simular um suicídio. “Ele disse que usou cocaína e não se lembra bem do momento do crime, mas confirmou que foi o assassino, por raiva do cunhado da menina”, afirmou o delegado.
Segundo o cabeleireiro Romes Elias Pereira, vizinho da vítima, o acusado esteve na casa da família de Ana no domingo e na segunda-feira retrasados, em um churrasco. “Soube depois que houve uma briga entre eles”, disse.
O motoboy passará por audiência de custódia hoje e, caso tenha a prisão preventiva decretada, será transferido para um CDP (Centro de Detenção Provisória). Ele é acusado de homicídio doloso e ontem não tinha advogado. Segundo a polícia, Barroso foi solto há seis meses, depois de cumprir dez anos de pena por roubo e trágico de drogas.