Agora

Indústria puxa abertura de 35.900 vagas no país

Em julho, pelo quarto mês seguido, o Brasil contratou mais do que demitiu; governo acredita em retomada

- (Vanessa Sarzedas e FSP)

O Brasil criou 35,9 mil postos de trabalho com carteira assinada em julho, segundo o Caged (cadastro de empregados e desemprega­dos), do Ministério do Trabalho.

O resultado foi puxado pela indústria, um dos setores mais afetados pela crise, que, no mês passado, abriu 12.594 novas vagas. Em junho, a indústria havia eliminado 7.887 empregos.

O resultado do mês de julho é o quarto positivo seguido. Nos meses anteriores, porém, a alta vinha sendo puxada pela agropecuár­ia, que, neste ano, teve uma supersafra. Segundo o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, agora a situação é diferente. “São empregos que não decorrem de sazonalida­de e têm muito a ver com o poder de compra dos trabalhado­res”, disse.

Além de indústria e agropecuár­ia, comércio, serviços e construção civil abriram postos. No caso da construção, foi o primeiro resultado positivo após 33 meses demitindo mais do que contratand­o. Por outro lado, serviços industriai­s de utilidade pública, administra­ção pública e extrativa mineral tiveram resultados negativos.

Com a alta verificada em julho, no ano, o país gerou 70.954 empregos. O número, porém, está longe de recuperar mais de 1,37 milhão de vagas eliminadas ao longo de 2016. Só em julho do ano passado, haviam sido perdidos 95 mil postos.

No Estado

São Paulo foi um dos destaques no mês, com a criação de 21.805 vagas. Ao contrário do país, a indústria não foi um dos setores responsáve­is pela alta. As áreas que se destacaram foram comércio, serviços e agropecuár­ia.

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