Paciente tem roupa furtada em hospital
O pesquisador Luís Fernando Souza Peres, 51 anos, teve que sair da Santa Casa de Misericórdia, na Santa Cecília (região central de SP), vestido com uma calça e uma camisa femininas, depois que as roupas e documentos dele desapareceram dentro do hospital, no dia 24 de julho.
Ele havia sido internado no dia 21 depois de ter quatro costelas quebradas em assalto na rua Marquês de Itu, na mesma região. “Saí do hospital como uma travesti indigente, de roupas de mulher e chinelos, sem documentos. Fui roubado duas vezes”, falou o pesquisador.
Peres afirmou que teve R$ 10 roubados por quatro usuários de droga que o abordaram e espancaram, e que foi levado à Santa Casa por causa dos ferimentos.
“Lá fui internado e fiquei usando a bata do hospital. Quando recebi alta, disseram que não estava, localizando minhas coisas, incluindo minha mochila”, falou.
O pesquisador disse que não tem família em São Paulo e não tinha como chamar alguém para levar roupas para ele. “A enfermeira-chefe disse que as únicas roupas disponíveis no setor de doação eram femininas”, diz.
Ele chamou a Polícia Militar, que foi ao local mas não encontrou as roupas dele no depósito. Ele teve então que sair usando as roupas femininas, já na segunda-feira (24). O pesquisador registrou queixa no 38º DP (Vila Amália), onde o caso foi registrado como perda/extravio. “Mas eu disse que suspeitava que alguém roubou minhas roupas”, contou Peres.
Segundo o advogado Leonardo Massud, da comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil), é o delegado quem decide como registrar o caso. “É prerrogativa dele decidir isso, Mas ele deve levar em conta a narrativa da vítima, até para direcionar a investigação corretamente”, falou Massud. O caso está sendo investigado pelo 77º DP (Santa Cecília).