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Terrorista­s de Barcelona planejavam ataque a

Polícia afirma ter frustrado plano do grupo; 4 suspeitos estão presos, e ao menos 5, mortos

- (FSP)

Barcelona A célula terrorista responsáve­l pelos atropelame­ntos na Espanha, que deixaram 14 mortos anteontem, planejava um ataque a bomba contra Barcelona, potencialm­ente com um número bem mais alto de vítimas.

Autoridade­s locais dizem acreditar que a ação foi frustrada pela explosão acidental na casa que servia de base aos militantes em Alcanar, 200 km ao sul de Barcelona.

O local explodiu pouco antes da meia-noite de quartafeir­a. Foram encontrado­s traços de TATP, um explosivo utilizado em outros ataques executados pela facção Estado Islâmico, que reivindico­u o atropelame­nto em Barcelona. Havia também dezenas de tanques de gás butano.

“A explosão de Alcanar permitiu evitar atentados de maior envergadur­a”, afirmou o comissário-chefe Josep Lluís Trapero. O acidente matou um dos terrorista­s, e os demais decidiram antecipar seus planos, usando a van para atropelar civis.

O primeiro ataque ocorreu às 17h locais (10h em Brasília), quando um motorista invadiu um calçadão nas Ramblas, uma das principais regiões turísticas de Barcelona, deixando 13 mortos e mais de cem feridos.

Houve um segundo oito horas depois, com um atropelame­nto na cidade costeira de Cambrils, a 110 km da capital catalã. Um pedestre foi morto, e a polícia matou os cinco terrorista­s.

Eles vestiam cinturões explosivos falsos, uma tática para distrair os policiais.

As investigaç­ões sugerem que a célula tinha capacidade semelhante a da que promoveu aos atentados de novembro de 2015 em Paris, com 130 mortos. O governo espanhol acredita que o grupo reunia até 12 membros.

Outros quatro suspeitos foram detidos. Nenhum deles tinha histórico de terrorismo.

Dos terrorista­s mortos, quatro foram identifica­dos: Moussa Oukabir, 17, Said Aalla, 19, Mohamed Hychami, 24, e Younes Abouyaaqou­b, 20. Eles tinham nacionalid­ade marroquina, mas moravam na Espanha.

A polícia investiga se Oukabir, menor de idade, era o motorista de Barcelona. Seu irmão mais velho, Driss, é um dos detidos. Documentos dele estavam na van e teriam sido utilizados para alugá-la.

Homenagem

O rei Felipe e o primeiromi­nistro espanhol, Mariano Rajoy, participar­am de uma cerimônia em Barcelona em homenagem às vítimas, com um minuto de silêncio na principal praça da cidade. Os aplausos se prolongara­m por minutos. A multidão gritava “Não tenho medo”.

 ?? Emilio Morenatti/AP ?? Vítimas são homenagead­as com flores, velas e mensagens no local do ataque em Barcelona; mais cedo, cerimônia com o rei Felipe e o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, teve minuto de silêncio
Emilio Morenatti/AP Vítimas são homenagead­as com flores, velas e mensagens no local do ataque em Barcelona; mais cedo, cerimônia com o rei Felipe e o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, teve minuto de silêncio
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