Grana atribuída a Geddel em imóvel passa de R$ 33 miillhõess
Polícia Federal já considera esta a maior apreensão de dinheiro em espécie na sua história
A Polícia Federal já contabilizou mais de R$ 33 milhões nas malas apreendidas em um apartamento que seria utilizado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), em Salvador. Até o fechamento desta edição, a contagem não havia terminado.
A Polícia Federal diz que é a maior apreensão de dinheiro em espécie da história da instituição. Os valores apreendidos serão depositados em conta judicial.
A operação, batizada de Tesouro Perdido, foi deflagrada na manhã de ontem e é desdobramento de outra investigação, sobre fraudes em liberações de empréstimos na Caixa, a Cui Bono.
Geddel foi preso no dia 3 de julho após depoimentos do operador financeiro Lucio Funaro, mas conseguiu um habeas corpus para cumprir prisão domiciliar em sua casa na capital baiana.
Cui Bono
A operação apura a atuação de Geddel e outras pessoas na manipulação de créditos e recursos realizada em duas áreas da Caixa.
O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e o doleiro Lucio Funaro são também alvos da investigação, que começou no ano passado.
Geddel é acusado de ter recebido R$ 20 milhões de propina em troca de aprovação de empréstimos no banco ou de liberação de créditos do FI-FGTS para beneficiar empresas.
Na decisão judicial que autorizou a busca e apreensão no apartamento em Salvador, o juiz Vallisney Oliveira cita que o imóvel pertence a uma pessoa de nome Silvio Silveira, quem teria cedido tal imóvel para que o ex-ministro pudesse guardar caixas com documentos.
Procurada, a defesa do exministro ainda não se manifestou.