Isopor volta com tudo para driblar preço alto em praias
Cerveja em mercado sai por menos da metade do preço da areia. Vale até levar pão com mortadela
Praia Grande Os preços salgados de bebidas e petiscos na praia, aliados à crise econômica, levaram paulistanos que curtem o feriado prolongado do Dia da Independência na Baixada Santista a comprar produtos em supermercados e recorrer aos velhos e confiáveis isopores —repletos de cerveja, água, pastel e pão com mortadela.
Na praia da Guilhermina, na Praia Grande (71 km de SP), e na praia de José Menino, em Santos (72 km de SP), a lata de 350 ml de cerveja custava de R$ 5 a R$ 5,50, e o latão, com 550 ml, R$ 8. Nos supermercados, a latinha custa R$ 2 e o latão, R$ 3,50, em média.
Já as latinhas de refrigerante e a garrafa de 500 ml de água custavam R$ 5 cada, preços bem acima dos valores no mercado, de R$ 1 a R$ 2.
Foi para evitar gastar muita grana que os estudantes de direito Gabriela Marcondes e Victor Mendes, 23 anos, passaram no supermercado para comprar as bebidas para o feriado. Cerveja, energéticos e os destilados foram prioridade dos jovens. “Não dá para comprar cerveja aqui na praia. É muito caro. Não dá para pagar R$ 5 numa latinha de cerveja. Por isso, achamos melhor comprar em São Paulo”, afirmou Victor.
Pastel e peixe
Comer na praia também estava caro. Entre os preferidos dos clientes, o pastel custava R$ 7. O espetinho de camarão, de R$ 8 a R$ 10 (a porção, R$ 80). Uma porção de peixe-porquinho, por volta de R$ 40.
O encarregado de operações Rodolfo Francisco da Silva, 27 anos, preferiu trazer o petisco de casa, e de vários sabores, para atender familiares e amigos.
“Também trouxemos pão com mortadela, marmita com comida para as crianças, frutas, bolachas, cerveja e refrigerante. Fome a gente não vai passar”, disse Silva, acompanhado de cinco amigos e quatro crianças.
O lanche com mortadela não sai por mais de R$ 1. “Está tudo muito caro. É melhor se garantir trazendo de casa.”