Agora

Gambiarras no metrô

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Os atrasos nas obras do metrô de São Paulo são tão frequentes que já não surpreende­m a mais ninguém.

Há mais de 15 anos os governos do PSDB falam que irão ligar por trilhos o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, ao centro de São Paulo. A obra não saiu do papel.

Outro exemplo: a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) prometeu concluir toda a linha 5-lilás do metrô em 2014. Até hoje as obras continuam.

Na última quarta (6), o governador pelo menos entregou três novas estações dessa linha: Brooklin, Borba Gato e Alto da Boa Vista.

Mas nem tanta demora serviu para garantir a qualidade dos serviços.

Várias falhas ficaram evidentes no primeiro dia de funcioname­nto.

Na estação Brooklin, pela tarde, um homem ficou preso por quase 30 minutos num dos elevadores. Depois disso, o equipament­o foi desligado, por segurança.

Também há vazamentos e infiltraçõ­es nas três estações.

Fica a impressão de que o Estado terminou tudo às pressas, na base da gambiarra, apenas para dizer que entregou alguma parte da obra.

A placa que sinaliza a rota de fuga está pregada com fita crepe na parede da estação Brooklin.

No banheiro masculino do Alto da Boa Vista, pedaços de madeira seguram o espelho.

O governo informa que as novas estações funcionarã­o em caráter de teste, com horário reduzido e sem cobrança de passagem, por até 70 dias. Nesse período, diz, serão feitos os ajustes necessário­s. Isso é o mínimo que todo mundo espera. Difícil é apresentar um motivo convincent­e para tanta demora e tanta ineficiênc­ia em um serviço tão vital para a cidade.

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